Pequise sobre as Operações CRUZEX III, IV, V e VII
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Exercício vai até 36 mil Km de altitude

A CRUZEX C2 2012 treina o uso de aeronaves em um conflito moderno, como aviões de caça, helicópteros e Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Mas, pela primeira vez, o exercício inclui a simulação do uso de satélites. “É um cenário bem realista para as guerras da atualidade”, diz o Coronel José Vagner Vital, da Força Aérea Brasileira. Durante todo o exercício, o planejamento e a execução das missões ocorrem com o apoio das informações enviadas por uma constelação simulada de satélites em órbitas que vão até os 36.000 km de altitude.
Do espaço é possível, por exemplo, fazer imagens da área em conflito, facilitar as comunicações e até espionar as forças hostis. Um dos aspectos mais explorados da constelação de satélites simulada, no entanto, é a guiagem de bombas. Com informações mais precisas sobre a localização dos alvos, as aeronaves de combate podem fazer ataques com precisão maior que com o uso de guiagem laser. “Os satélites tornam a guerra mais eficiente e eficaz”, explica o Coronel Vital, que lembra ainda que a precisão também ajuda a evitar danos colaterais, como atingir a população civil por engano.

Os primeiros ataques reais com bombas guiadas por satélite ocorreram durante a Operação Allied Force, em 1999, quando uma coalizão da Organição do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) atuou na região dos Balcãs para acabar com a escalada de violência no Kosovo. Em um contexto bastante semelhante com o que agora é simulado na CRUZEX C2 2012, a tecnologia ajudou a reduzir erros dos bombardeios e hoje é utilizada por países que fazem parte da OTAN.

Projetos no Brasil

A constelação de satélites na CRUZEX C2 2012 é simulada, mas a Força Aérea Brasileira utiliza o exercício para definir seus projetos na área. “Não se concebe no século XXI uma Força Aérea que não utilize o espaço para executar suas missões”, afirma o Coronel João Batista Xavier, da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), grupo que planeja o lançamento em 2017 do primeiro satélite de uma futura constelação que irá cobrir todo o país.
De acordo com o Coronel Xavier, esta simulação que ocorre agora é fundamental para que os brasileiros possam conhecer as potencialidades dos satélites e também definir os requisitos operacionais para os satélites que o país necessita. “A CRUZEX é um cenário ideal para iniciar uma  doutrina de uso antes mesmo de possuí-los. A gente precisa ter a doutrina para saber exatamente o que precisamos”, explica.

O Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) da FAB prevê ainda que a constelação de satélites brasileiros terá funções civis, além das militares. Segundo o Coronel Xavier, dentre outras utilidades, a constelação poderá ajudar na previsão do tempo, na prevensão de catástrofes naturais, no apoio à agricultura e na segurança da navegação marítima, dentre outras.

Fonte: Comando da Aeronáutica

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Fonte: Comando da Aeronáutica

AS OPERAÇÕES CRUZEIRO DO SUL

Exercícios Anteriores

Desde a sua primeira edição, em 2002, a CRUZEX trouxe inúmeros avanços. Em dez anos, a FAB modificou consideravelmente a forma de empregar seu poder aéreo. 
A realização da CRUZEX gerou muitas lições, possibilitando mudanças em todos os níveis. Manuais doutrinários, documentos e normas operacionais foram adaptados a cada nova operação. Além disso, foram criados cursos e estágios, visando à especialização nas diversas atividades que são desenvolvidas nas modernas operações de combate aéreo.
Na edição de 2008 da CRUZEX, Forças Componentes Navais e Terrestres passaram a fazer parte do exercício, a fim de gerar os eventos necessários para um planejamento conjunto. A modernização do controle do espaço aéreo, com datalinks utilizados entre os Centros de Operações Militares e as aeronaves de controle e alarme em voo, também foi um avanço.
Em 2010, o exercício trouxe outras novidades. A coalizão, que sempre operou a partir de uma mesma localidade, passou a operar em mais de uma base aérea. Isso gerou novos desafios para a coordenação, principalmente com relação à transmissão de ordens e relatórios.
Para criar um cenário mais realista, ainda em 2010, foram colocadas aviações de reabastecimento em voo, de reconhecimento e de transporte de tropa, nacionais e estrangeiras, operando a partir de Recife, enquanto os aviões de caça operaram a partir de Natal. Outro desafio foi o redesdobramento no meio da Operação. O exercício foi iniciado com a força de coalizão em uma localidade e depois movimentado para outro local.

Fonte: Comando da Aeronáutica

CRUZEX ? AONDE?

CRUZEX C2, OPERAÇÃO VIRTUAL EM CENTRO OPERACIONAL DA 1ª FAE


1ª FORÇA AÉREA

Base Aérea de Natal

 

HISTÓRICO

A Base Aérea de Natal (BANT) foi criada em 05/novembro/1942, durante a 2a Grande Guerra, abrigando, inicialmente, diversas unidades de caça, bombardeio e patrulha, dentre elas, o 2º Grupo de Caça, com os Curtiss P-40. O setor oeste da base pertencia à FAB, enquanto que o setor leste, era ocupado pelos norte-americanos. Além das missões de patrulha no Atlântico Sul, os americanos realizaram uma verdadeira ponte-aérea para o norte da África, a fim de abastecer as tropas aliadas. Após o conflito, os americanos se foram e toda a base passou a pertencer à FAB.
Em 05/outubro/1944, o 2º Grupo de Caça foi transferido de Natal para a Santa Cruz no Rio de Janeiro. Algum tempo depois, este esquadrão foi transformado no Estágio de Seleção de Pilotos de Combate e, depois, no 3º/1º GAvC (Grupo de Aviação de Caça). Enquanto isso, em Natal, era criado o 1º Grupo Misto, equipado com um esquadrão de caça e outro de bombardeio. Tal grupo foi extinto em 28/agosto/1945 e criado em seu lugar o 5º GBM Grupo de Bombardeio Médio, equipado com os NA B-25J Mitchell.
Com a reorganização das unidades da FAB em março de 1947, a FAB desativa o 5º GBM e, em seu lugar, cria o 5º GAv Grupo de Aviação. Seu primeiro esquadrão, responsável pela instrução e emprego da Aviação de Bombardeio, operou os NA B-25J Mitchell até 1958, quando foram substituidos pelos Douglas B-26B/C Invader e, posteriormente, pelos Morane-Saulnier MS-760 Paris C-41 e, a seguir, pelos Beechcraft TC-45T, com os quais encerrou-se este tipo de instrução na FAB.
Em novembro de 1953, a FAB decidiu transferir o 3º/1º GAvC (Grupo de Aviação de Caça) de Santa Cruz para Natal, transformando-o no 2º/5º GAv Esquadrão "Joker". Na época o esquadrão passou a utilizar os Republic F-47 Thunderbolt e NA T-6 Texan. O "Joker" funcionou em Natal até o dia 07/dezembro/1956, quando teve os seus pilotos e aviões transferidos para o 1º/4º GAv em Fortaleza, CE.
A BANT também sediou a ERA-21 Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque, que veio transferida da Base Aérea do Recife, PE e que permaneceu em Natal, do dia 9/maio/1967 ao dia 26/dezembro/1969, quando todas as ERAs foram transformadas em Esquadrões de Reconhecimento e Ataque.
Em decorrência da criação do Núcleo do Centro de Formação de Pilotos Militares, em Natal, no dia 15/julho/1968, a BANT foi desativada, sendo o 2º/5º GAv Esquadrão "Joker" desativado e o 1º/5º GAv, transferido para Recife juntamente com seus Douglas B-26C Invader.
Em fevereiro de 1970 a base de Natal foi fechada, ficando desativada por um período de 19 anos, sendo reativada somente em setembro de 1989, a fim de sediar o CATRE Comando Aéreo de Treinamento. Tal ativação também foi efêmera, pois praticamente dois anos depois, em 27/dezembro/1990, a BANT era novamente desativada.
Em 1970, foi criado o Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM), que deu origem em 1973 ao CATRE - Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens e, ao seu Grupo de Instrução Aérea (GIA), composto por três Esquadrões de Instrução Aérea (1º, 2º e 3º EIA). Mais uma vez a aviação de caça havia retornado à Natal, empregando agora as aeronaves AT-26 Xavante da Embraer e com a missão de formar os pilotos de caça da FAB.
Em 20/outubro/1980, a FAB reativa o 5º GAv, substituindo, assim, o GIA - Grupo de Instrução Aérea. Em 01/janeiro/1981 é criado o 2º/5º GAv Esquadrão "Joker", que assume as funções do 3º EIA, utilizando os mesmos AT-26 Xavante até dezembro de 2004, quando passou a ser equipado com os modernos A-29 e AT-29 Super-Tucano, dando sequência a formação de pilotos de caça.
A outra unidade da BANT, o 1º/4º GAv Esquadrão "Pacau", foi inicialmente criado na Base Aérea de Fortaleza, CE, no dia 24/março/1947, equipado com os bombardeiros Lockheed A-28 Hudson e NA B-25J Mitchell. Suas missões eram de bombardeio leve e da formação dos pilotos de bombardeio. Em novembro de 1956, os B-25J Mitchell foram substituídos pelos P-47 Thunderbolt e o Esquadrão "Pacau", passou a ser uma Unidade de Treinamento de Caça. No ano seguinte, os P-47 Thunderbolt foram substituidos pelos NA T-6 Texan. Em 1958, chegaram os jatos F-80C Shooting Star e, em 1966, os TF-33 T-Bird, que operaram juntos até 1973, quando começaram a entrar em operação os AT-26 Xavante da Embraer.
No dia 1/janeiro/2002, o CATRE foi desativado e a BANT foi novamente ativada. Assim, além do 2º/5º GAv "Joker", no dia 9/janeiro/ 2002, o 1º/4º GAv Esquadrão "Pacau", foi transferido de Fortaleza para Natal, concentrando toda a frota de AT-26 Xavante, que agora está chegando ao final de sua vida útil, mas que porém, continua a servir no treinamento dos líderes de esquadrilhas de caça.
Em 17/novembro/2005 foi criada a Primeira Força Aérea (I FAE), com base em Natal, RN, responsável por reunir todas as unidades de treinamento operacional. A estrutura da nova FAE foi ativada em fevereiro de 2006. 
 
UNIDADES AÉREAS ALOCADAS NA BANT:
2º/5º GAv - 2º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação
Esquadrão Joker
1º/11º GAv - 1º Esquadrão do 11º Grupo de Aviação 
Esquadrão Gavião

Fonte: Comando da Aeronáutica

ENTENDA A CRUZEX C2 (2012)

OBJETIVOS
 
 
  • Promover  mútuo entendimento, confiança, cooperação e  interoperabilidade entre as forças e as organizações participantes de Operações Combinadas.
  • Praticar o planejamento e a condução de uma Operação de Paz. Nos níveis operacional e tático num cenário de uma Operação Combinada, nos moldes da OTAN.
  • Treinar líderes e assesores militares no comando e controle, comunicações, inteligência e informações públicas quando no emprego do Poder Aéreo.


ORGANIZAÇÃO

A estrutura do exercício CRUZEX C2 2012 segue o “modus operandi” empregado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), tendo a cadeia básica de Comando e Controle a seguinte estrutura: 

 

ESTRUTURA GERAL

ESTRUTURA DO  CFAC

GUERRA VIRTUAL

Durante a CRUZEX, a guerra aérea simulada acontece a partir de um conflito fictício envolvendo a invasão do país Amarelo por tropas do país Vermelho e a posterior intervenção de uma coalizão liderada pelo país Azul. 
O cenário criado é muito parecido com conflitos recentes, como os que aconteceram nos Balcãs e no Oriente Médio nos anos 90. As forças aéreas aliadas têm que operar de maneira coordenada, como em missões autorizadas pelas Nações Unidas. Desde as reuniões de planejamento até a discussão dos resultados de cada missão, a CRUZEX é conduzida de acordo com procedimentos adotados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
No modelo Comando e Controle, ou C2, todas as missões aéreas são virtuais e servem apenas para gerar os eventos necessários para o andamento do exercício. Para tornar o ambiente virtual mais parecido com uma guerra real, a direção do exercício coordena ataques inimigos e planeja missões inesperadas. Além disso, são introduzidas no cenário simulado variáveis presentes em conflitos reais. 
Para os organizadores, o grande desafio dessa CRUZEX é o ineditismo. Esta é a primeira vez que será realizado um exercício totalmente virtual, diferente dos moldes anteriores tradicionais. Por isso, há vários desafios, principalmente na célula que coordena a simulação.

FONTE: Comando da Aéronautica