Os esquadrões franceses de caça já estão em terras potiguares. A frota de quatro aeronaves Mirage-2000 e quatro Rafales virou o centro das atenções dos militares e da imprensa quando aterrissou em Natal, na manhã desse sábado, 06, a fim de integrar a força de coalizão durante a CRUZEX V. A França já é veterana em participações do maior Exercício Aéreo de Guerra da América do Sul, mas nas edições anteriores trouxe apenas os Mirage. A grande novidade nessa quinta edição deve-se à espectativa de interação com o polivalente caça francês de amplo raio de ação, que vem pela primeira vez ao Brasil exclusivamente para participar do Exercício.Para essa viagem, as aeronaves precisaram de uma escala em Dakar, no Senegal, e um abastecimento em voo. Segundo o Tenente-Coronel Michel Sebastian, o esquadrão de 20 pilotos e 35 mecânicos participa do treinamento com o objetivo de interagir com os demais países contribuindo para a evolução das Forças Aéreas integrantes da CRUZEX. “Queremos mostrar nossa experiência e trocar conhecimentos táticos entre os países envolvidos. Um treinamento na América do Sul é muito importante”, defende o militar.

Um dos pilotos franceses, o Capitão Thomas Portier, pilotou o Rafale em missões de combate no Afeganistão. “Desde 2007 utilizamos o Rafale. Ano passado também conseguimos ótimos resultados com estas aeronaves”, recorda o oficial. A expectativa dele pela participação na CRUZEX é de enriquecer a cooperação entre os países. "Especialmente com o Brasil”, conclui o piloto.
Fotos: Sgt Johnson Barros e S1 Silva Lopes/ Força Aérea Brasileira CRUZEX V – A GUERRA É SIMULADA, O TREINAMENTO É REAL.
No momento em que o movimento de aeronaves na Base Aérea de Natal se intensifica, o trabalho das equipes de segurança de voo da CRUZEX aumenta e engloba, entre outros, o chamado Perigo Aviário (risco de colisão de aviões com aves). O risco é ainda maior quando se trata de aeronaves de uso militar, pois a trajetória de vôo desses modelos tem uma altitude mais baixa se comparada ao trajeto executado por aeronaves de uso comercial, por exemplo. 









Mas apesar de não ser novata, a unidade encara a CRUZEX V como uma grande oportunidade de aprendizado. Foi o que explicou o Major Francisco Bento Antunes logo após desligar as duas turbinas do seu jato de combate. “O esquadrão tem uma excelente perspectiva para essa operação em função da participação de unidades estrangeiras e a possibilidade de intercâmbio na ampla variedade de missões da aviação de caça”, afirmou.


Os esquadrões Centauro e Poker , baseados em Santa Maria (RS), chegaram na tarde desta quarta-feira (03) à Base Aérea de Natal. Cada um deles trouxe três aeronaves do modelo A-1 para a quinta edição do exercício CRUZEX V.





“A CRUZEX terá intercâmbio de conhecimentos, tanto no céu quanto na terra”. A frase é do Tenente Coronel Luiz Cláudio Topan, o segundo homem na linha de comando da Force Protection, a tropa de Infantaria da Aeronáutica responsável pela seguranca e defesa do Exercício. Ela evidencia a expectativa pela inédita participação de militares dos Estados Unidos e da França.
Além de controladores de acesso, sentinelas e uma ampla rede de vigilância eletrônica, a Force Protection conta ainda com uma força de reação motorizada pronta para prestar apoio em qualquer ocorrência.
Os céus do Nordeste serão o palco do maior exercício aéreo combinado da América do Sul, com dezenas de aeronaves de caça e cerca de tres mil militares participando da quinta edição da Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX V). O exercício irá envolver as bases aéreas de Natal (BANT), Fortaleza (BAFZ) e Recife (BARF), bem como desdobramentos nas cidades de Mossoró- RN e Campina Grande- PB. Além das aeronaves das Forças aéreas da Argentina, Brasil, Chile, França, Estados Unidos e Uruguai, o Exercício terá observadores da Bolívia, Canadá, Colômbia, Equador, Inglaterra e Paraguai. 