Pequise sobre as Operações CRUZEX III, IV, V e VII
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os Anjos da Guarda em Fortaleza

Quem entra na sala que foi destinada à tripulação composta por oito militares do 1°/8° Grupo de Aviação, o Esquadrão Falcão, pensa que eles estão de folga. Baseado em Belém (PA), o helicóptero permanece sem decolar da Base Aérea de Fortaleza, para onde foi deslocado durante a CRUZEX V. Sentados, conversam animadamente e contam “causos” de outras operações militares. Mas tudo não passa de um engano: estão todos em alerta, ao lado do telefone, torcendo para que ele não toque.

A explicação é simples: se ele tocar é mau sinal. Os “Falcões” não vieram para a CRUZEX V com o objetivo de treinamento, nem de ataque. Vieram por motivo de precaução, para ficar em alerta e entrar em ação imediatamente no caso de algum acidente aeronáutico. Se isso acontecer, eles terão apenas 20 minutos para equipar o helicóptero com a configuração de socorro adequada de acordo com o tipo de salvamento e decolar. Dentre os equipamentos principais, duas macas podem ser levadas no helicóptero.

O Tenente Guilherme Toscano, que é o mais experiente do grupo, já participou de oito resgates e relembra com emoção o salvamento de um recém-nascido com sete dias de vida. “Chegamos ao local do acidente em Sinop, no Mato Grosso, e a cena era horrível. Várias pessoas haviam morrido, mas, em meio ao caos, o choro de um bebê anunciava que havia esperança. Isso compensa todas as adversidades que passamos. Chegar lá e encontrar alguém vivo é a melhor coisa que pode acontecer”, conta.

Já o Tenente Pedro Vidigal relembra uma das missões de misericórdia que participou no norte do Amapá. “Um garotinho foi picado por uma jararaca na Aldeia Okakay e fomos acionados para resgatá-lo. A missão foi concluída com êxito e o paciente levado até Macapá para receber a assistência médica. Um ano depois, durante a Operação Gota, tive a oportunidade de retornar à mesma aldeia e ver o menino brincando alegremente com outras crianças. Foi uma satisfação muito grande ver que salvamos mais uma vida”, concluiu.

CRUZEX V - A GUERRA É SIMULADA. O TREINAMENTO É REAL.

Foto: Tenente Daniela Callegaro / Força Aérea Brasileira

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